A MLB esperava que o novo Acordo Coletivo de Trabalho estivesse pronto na última sexta-feira, para que o anunciasse antes de a Série Mundial começar. Para conseguir isso, seu representante Rob Manfred e o Sindicato de Jogadores trabalhou o dia inteiro na sexta para finalizá-lo. Não conseguiram, mas é bem provável que conseguirão antes do final da série.
Não há nada de surpreendente no acordo, a não ser pelo fato de que ele está sendo negociado tão discretamente, sem ameaças ou choramingos, coletivas de imprensa ou jogos perdidos quem acompanhou o inferno que foram as negociações do último Acordo Coletivo de Trabalho da NHL sabe quão ruim pode ser tudo graças ao dinheiro em que o beisebol está nadando.
Há 12 anos, quando uma greve cancelou a Série Mundial, o esporte era um negócio de cerca de US$ 1,3 bilhões. Peter Gammons, da ESPN, foi informado de que nesta temporada o beisebol teve um faturamento de US$ 4,7 bilhões, mas acabou corrigido no sábado à noite por um diretor da MLB, que disse: "Vamos passar de US$ 5 bilhões."
Bud Selig tornou o esporte um negócio e, enquanto assiste a uma série que vai coroar o sétimo campeão diferente em sete anos algo que nem NFL nem NHL nem a liga de basquete já conseguiram , pode ficar tranqüilo que o negócio que ele vai passar para Andy MacPhail será julgado por seus números financeiros, não por testes de esteróides.
Um time como os Royals pode conseguir US$ 30 milhões da divisão de receitas, US$ 30 milhões do contrato de televisão, mais alguns milhões da Internet e ainda completar sua renda com a venda de ingressos e contratos de TV e rádio locais. A vida é bela, não?
O novo acordo provavelmente vai acabar com compensações em forma de escolhas no recrutamento para agentes livres e adiantar a data inicial para oferta de contratos (hoje por volta do dia 20 de dezembro, passará para o início do mesmo mês), além de uma ou outra pequena alteração. Nada de teto salarial.
Só paz trabalhista e muito, mas muito dinheiro.
Marcadores: Acordo coletivo de trabalho, Economia
Escrito por Alexandre Giesbrecht |
0 comentários
