7.12.06
Desespero
Ontem, Barry Bonds passou voando pelo lobby do hotel onde está sendo realizada a convenção de inverno do beisebol, como mais um pretendente a emprego em um lugar lotado deles. Esses pretendentes geralmente são jovens aspirantes a executivos com vinte e poucos anos tentando uma vaguinha no escritório de algum time, narradores e comentaristas desempregados à procura de suas próxima chance e olheiros grisalhos buscando um novo empregador. Eles não são — e, na verdade, na longa história do esporte, nunca foram — um rebatedor careca, bombado e geralmente mal-humorado prestes a quebrar o recorde de home runs do beisebol.
John Donovan, SI.com, 7 de dezembro de 2006

Barry Bonds apareceu na convenção de inverno do beisebol, na Disney World, ontem, para apressar as conversas sobre seu contrato. Infelizmente, o rebatedor cabeção foi asseadiado o tempo todo por crianças que achavam que ele era um personagem da Disney.
Pete McEntegart, SI.com, 7 de dezembro de 2006

Se Barry Bonds teve de se desesperar a ponto de ir até a convenção de inverno, na Flórida, atravessando todo um continente, a fim de tentar arrumar um contrato que o apeteça e não conseguiu cumprir seu intento, mesmo em uma época de negociações esdrúxulas como a que gerou um contrato de US$ 40 milhões para Ted Lilly, é porque ele provavelmente não vai conseguir um aumento. Ora, ele provavelmente não vai conseguir nem um corte pequeno.

Eu não tenho dúvidas: Bonds vai jogar em 2007. E será em São Francisco. Só que os Giants não querem — e nem vão — pagar nada próximo aos US$ 18 milhões que Bonds recebeu em 2006. O homem da cabeça grande vai ter de engolir um contrato que vai pagar bem menos que isso, ainda assim na casa de alguns muitos milhões. Ele não vai querer perder a oportunidade de quebrar — e, sim, manchar — o recorde de home runs, já que ele só precisa de 22* para isso.

Já que parece inevitável que ele manche ainda mais o recorde, que pelo menos não seja nos termos dele.

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Escrito por Alexandre Giesbrecht | 0 comentários
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