20.2.07
Humildade e alegria
Pode ser por causa de 14 anos de derrota atrás de derrota. Pode ser pela juventude do resto do elenco. Pode ser pela sua educação no Japão.

Ou pode não ser nada disso.

No Pirates Q&A de ontem, o repórter Dejan Kovacevic fala sobre a experiência do arremessador Masumi Kuwata na pré-temporada dos Pirates. Aos 38 anos, Kuwata chegou a Bradenton, Flórida, sem grandes expectativas de conseguir uma vaga no time principal, principalmente porque sua última boa temporada foi em 2002 e, de lá para cá, ele não somou mais que nove vitórias.

Apesar de tudo isso e da cobertura da imprensa japonesa — mais de 50 repórteres da Terra do Sol Nascente estão na Pirate City —, ele demonstra uma humildade ímpar nos treinamentos. Ele parece ser o único a cumprimentar a todos de manhã, com um bom-dia em inglês. Todos mesmo, de voluntários ao pessoal que já está acostumado a ser ignorado.

Ele ainda demonstra alegria só por estar ali, sorrindo o tempo todo, brincando e rindo das piadas dos companheiros até quando obviamente ele não as entendeu.

Fala Kovacevic: "Eu me surpreendi com as intenções de Kuwata desde que soube que ele assinou contrato, já que suas atuações nos últimos cinco anos não seriam suficientes para trazê-lo às grandes ligas. Mas agora acho que entendi: ele só queria vir para cá, tentar algo novo, ver como ele se dava e saborear cada momento."

Isso é cada vez mais raro nos esportes profissionais. E não me refiro apenas aos esportes americanos.

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Escrito por Alexandre Giesbrecht | 0 comentários
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